Segurança a bordo

O desempenho da função de tripulante de cabine é muitas vezes dificultado por passageiros mais renitentes em aceitar os conselhos e até as regras de segurança de cada companhia aérea. O não cumprimento dessas regras poderá ser a diferença entre a vida e a morte ou causar algum tipo de incapacidade física, devendo portanto ser dada toda a atenção às demonstrações de segurança, que posteriormente deverão ser complementadas com a leitura do folheto de segurança. Convém realçar que é aconselhável manter o cinto de segurança muito bem apertado durante todo o vôo e não apenas enquanto o sinal de apertar cintos se encontra ligado, não só para evitar que o corpo deslize pela cadeira no caso de ocorrência de uma emergência, mas também porque a aeronave está sujeita a correntes de ar frio ou quente (vulgar e erradamente apelidadas de “poços de ar”), o que poderá originar uma subida ou descida repentina sem que a tripulação técnica se aperceba a tempo de ligar o sinal de apertar cintos. Essas subidas ou descidas podem ser tão violentas que chegam ao ponto de projectar uma pessoa ou um objecto em qualquer direcção com toda a força: este é mais um motivo para nunca deixar uma bagageira aberta enquanto retira um objecto da sua mala de cabine.Outra situação que coloca em risco a segurança dos passageiros e que se verifica em todos (ou quase todos) os voos comerciais é o abandono prematuro do lugar, à chegada ao aeroporto de destino. Um movimento inesperado, o impacto da manga telescópica ou da escada no avião poderão originar a queda de passageiros que se encontrem de pé e ainda que os objectos que transportam possam ser projectados de encontro a outro passageiro, entre os quais crianças.Hoje em dia os aviões estão equipados com modernos sistemas informáticos, pelo que um gesto tão simples como ligar o telemóvel ou a utilização de outro tipo de equipamento electrónico sem que as portas do avião estejam abertas também constitui um risco, uma vez que poderão ocorrer interferências com os sistemas da aeronave.